segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009


Saudade do que nunca se teve, do que poderia ter sido e não foi, saudade distante mas nunca esquecida.
Seria mais fácil abandonar a roupa usada, abrir as portas e se permitir aos trajes? Mas e o cheiro? e o toque? e o conforto daquela coisa macia mesmo rasgada? não sei me desfazer assim,e talvez o jeito seja sempre esse acumulo, essas coisas umas por cima das outras. No final quem sabe reste um peso, um casaço nos ombros, uma nostalgia velha e ainda maior, mas também a proximidade e a lembrança, de algo que ficou.
Porque nesse fundo conturbado e cheio de movimentos eu ainda encontro as minhas constantes dores, mas as alegrias também. Passar borracha,seguir em frente? isso nunca foi pra mim meu bem. Continuar é permissível mas apagar não soa bem, é feio e sujo entende?.
Desculpa a forma figurativa de demonstrar essas coisas, mas se não for assim como pode ser? eu não alcanço o pé da letra nunca.

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