sábado, 13 de agosto de 2011

Sabe amor, eu sou a Sr. estranha, aquela que acaba assustando os outros por transformar tudo em trechos complexos demais, obviedade de menos, definições aleatórias, e mais mil outros excessos e ausências que você nem imagina. Eu sou a mulher mais intensa que eu conheço, mas eu sei ser leve quando é pra ser. A verdade é que eu tenho pavor a qualquer definição, a qualquer limite, a qualquer coisa intacta. Eu sinto tédio dessa gente intocável, que vive no meio termo pra manter um equíbrio água com açucar e levar suas vidas mais ou menos por medo de se entregar pelo que for. Eu vejo por ai que ninguém quer ser normal, ainda que todos tenham medo de não ser.Você também vê?
Essa grande merda, pelo medo de se perder e se achar de vez.



quarta-feira, 3 de agosto de 2011



Eu ainda não descobri se a vida é pouco ou demais pra mim. É um perder-se sem sair do controle aparente. É uma loucura sã, uma insanidade tímida aos olhos alheios. É a perca de todas as certezas, adicionado a todas as dúvidas eternas. Como se toda a força do mundo, estivesse concentrada em uma dor sem nome e sem antídoto. É uma alma flácida, cansada de crescer pra lados nem sempre felizes e nunca voltar pro lugar. É falar muito e nunca dizer nada, é tentar explicar e fingir que é entendida, é criar um conforto temporário, é ser louca sem expressar tal loucura. Uma vontade que não é vida, mas que também não é morte. É essa coisa entre a vida e a morte que nunca deixa escolha. É acreditar em Deus, é idealizar Deus, é desacreditar em Deus, e continuar sem querer. Não é ódio, mas também não é amor, porque qualquer sentimento foi clamufado por uma dor faminta. E o que mais dói é saber que a minha dor sou eu.