quarta-feira, 27 de outubro de 2010


O passado mais próximo vira presente, os futuros são tão promissores quanto não foram um dia. Dizem que decepção não mata, pode ser, mas que ela arranca pedaços vitais, eu tenho certeza. Agir com o coração, não nos deixa ser de mentira, e é ai que mora o maior erro, pelo menos pra quem quis com a vida a ser de verdade. Ser exceção nem sempre é felicidade, meu amor.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010




"E quando ele riu, eu percebi. Eu percebi que eu estava na merda."

Porque mesmo não querendo mais, eu sempre me pego com uma saudade irracional de você, da gente, dos restícios, que sempre ganharam vida demais aqui dentro.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010


Eu sei que ia ser mais sensato falar tudo te olhando, mas eu não tenho esse estômago definitivamente. Por me conheceres mais do que eu queria, talvez eu deixasse escapar coisas secretas demais. E apesar de ser o meu maior desejo nesse instante, eu sei que no fim eu só ia sair desse buraco pra um maior ainda. Mas eu queria te dizer que tudo isso, foi longe demais, e se tornou assim, no momento em que eu menti pra mim, achando que tudo não passava de pura tolice. E eu, sempre muito intensa, não me dei conta de que o menor de mim era o teu maior pra oferecer. Não te culpo, juro que não. O fato de agires assim importa, mas eu não questiono por medo da resposta. Talvez porque eu me sinta um passa tempo qualquer, uma válvula de escape, que quando a rotina se torna tediosa demais, te salva por segundos. Segundos esses que, saciados não passam de passado, e viram saudade depois de meses. Confesso que aprendi na marra a ter o mínimo de orgulho, mas nada disso tem adiantado pra mandar você ir embora de vez. Perdi alguns anos, mas ganhei um coração imenso demais, sincero demais, bobo demais.
E agora, eu não vou, mas também não fico, e assim eu insisto no que eu sempre rejeitei: na mornidão das coisas. Equilíbrio nunca serviu de conforto pra mim.
Continuo achando...

terça-feira, 5 de outubro de 2010



E dizem que o tempo cura. Talvez, pra algumas pessoas, não pra mim.
O tempo ainda pode me distrair com seus ventos fortes, e deslocar algumas coisas do centro. Mas curar? não, não mesmo. E quando eu estou pronta pra crer nessa teoria, lá vem a poeira escondida, me lembrando que lá esta ela, mesmo que quietinha. Não quero, e não vou especificar fatos e pessoas, mas quando se escreve nunca é pro além, quem dirá para as generalidades dessa mesma vida. Eu queria poder viver naquelas épocas, em que a gente escrevia cartas pra amores distantes, e que mesmo que elas não fossem respondidas a gente sabia que não iria parar em lixos eletrônicos. As coisas eram mais palpáveis, as pessoas eram um pouco menos frias e automáticas. Mas dai vem o tempo, ah o tempo. Ele vem e desmorona algumas preciosidades, sem que a gente perceba. Porque esse mesmo tempo, tem o poder de nos camuflar com coisas novas, fazendo a gente não sentir o quando dói a perda de um velho tempo. Parar de escrever as cartas, mesmo que imóveis, vai doer igual.