terça-feira, 31 de agosto de 2010

Decided i'm wasting time on mind games with you

You can play the part, and run away
I will be the fool, who gets to play
Cause i have a heart, getting in the way
Gets to play the fool another day

domingo, 22 de agosto de 2010


'' Quanto a mim, o amor passou. Eu só lhe peço pra que não faça como gente vulgar,e não me volte a cara quando passar por ti e nem tenha de mim uma recordação que entre o rancor ficamos um perante o outro como dois conhecidos desde a infancia que se amaram um pouco quando meninos embora na vida adulta sigam outras afeições, conserva no escaninho da alma a memória de seu amor antigo e inútil. ''

Fernando Pessoa

terça-feira, 17 de agosto de 2010


Apesar de eu ter um coração muito maior do que um cérebro, ele deve ser lembrado a cada momento, quando um mundo de ilusões bate na porta. Eu deixo entrar, eu sempre deixei. E assim eu erro uma vida inteira. Comigo, por mim.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Eu escrevo com a esperança que o que eu escreva altere pessoas e coisas. Eu escrevo pra livrar os demônios, pra chamar Deus, pra concretizar alguém, seja esse alguém eu ou o mundo inteiro. Eu escrevo pra inventar ou pra vomitar realidade. Eu escrevo com o gosto do amor e da loucura, em uma medida nem sempre exata. Eu escrevo pra chorar em silêncio, pra gritar sem acordar a casa. Eu escrevo em terceira pessoa, quando ser só eu não me cabe mais. Eu escrevo pra me salvar dos becos, dos meus e do mundo. As palavra tem efeito de morfina sobre mim.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010


Foram anos escrevendo por metáforas, anos querendo dar nome à coisas, anos tentando de algum modo deixar tudo mais bonito e palpável. Mas a vida é feito água que escorre entre dedos, e não, eu não vou deixar de espalhar a doçura que essas palavras trazem, mesmo que escondidas. Porque o visível não passa de uma aparência que logo se apaga com tempo. Eu tenho um punhado de coisas não ditas, mas é só porque certas coisas não valem a pena ser verbalizadas fora de nós. E quando o refúgio branco me invade, não há mão que resista, não há palavra que se indague, não há dor que sobreviva. E você querido, você foi o dedo na garganta, o único homem que de tanto eu querer, acabou sendo a ânsia pra tantas coisas mais bonitas.