quarta-feira, 13 de outubro de 2010


Eu sei que ia ser mais sensato falar tudo te olhando, mas eu não tenho esse estômago definitivamente. Por me conheceres mais do que eu queria, talvez eu deixasse escapar coisas secretas demais. E apesar de ser o meu maior desejo nesse instante, eu sei que no fim eu só ia sair desse buraco pra um maior ainda. Mas eu queria te dizer que tudo isso, foi longe demais, e se tornou assim, no momento em que eu menti pra mim, achando que tudo não passava de pura tolice. E eu, sempre muito intensa, não me dei conta de que o menor de mim era o teu maior pra oferecer. Não te culpo, juro que não. O fato de agires assim importa, mas eu não questiono por medo da resposta. Talvez porque eu me sinta um passa tempo qualquer, uma válvula de escape, que quando a rotina se torna tediosa demais, te salva por segundos. Segundos esses que, saciados não passam de passado, e viram saudade depois de meses. Confesso que aprendi na marra a ter o mínimo de orgulho, mas nada disso tem adiantado pra mandar você ir embora de vez. Perdi alguns anos, mas ganhei um coração imenso demais, sincero demais, bobo demais.
E agora, eu não vou, mas também não fico, e assim eu insisto no que eu sempre rejeitei: na mornidão das coisas. Equilíbrio nunca serviu de conforto pra mim.
Continuo achando...

Um comentário:

  1. Meu amor, me identifiquei totalmente com essas tuas palavras..
    Adorei muito.
    Espero que continues fazendo textos maravilhosos, como sempre, e que sempre me fazem refletir sobre um pouquinho de mim.
    Um mega beijo, Nati.

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